Como eu me sentia
Não tinha mais desejo de viver, não gostava mais de falar com as pessoas, de me arrumar, perdi a vontade de cantar, de fazer qualquer tipo de exercícios físicos, não queria mais ir para aula de canto, ou de fazer qualquer coisa que eu gostava antes, como: cozinhar, limpar a casa, cuidar das minhas próprias roupas do meu quarto, nadar, fazer cooper, viajar, não queria mais nada, nada mais fazia sentido, somente um vazio estava dentro de mim, um nó na garganta que dava vontade de chorar, mas o desgosto e desespero que me invadiu o coração era maior do que qualquer coisa, não queria ninguém por perto; não queria mais ouvir música ou assistir televisão; não queria mais ir ao shopping, lugar que amava passear. Não queria que ninguém me visse.
Não conseguia mais trabalhar (precisei parar de trabalhar), me sentia a pior pessoa do mundo e a mais feia; não queria mais que meu cachorro Salomão chegasse perto de mim, ele que me amava tanto e que antes para mim era parte da minha família, o meu filho de quatro patas, agora era tratado como um objeto desprezível.
Não queria mais usar roupas novas ou acessórios. Eu achava que a vida tinha chegado ao fim; não tinha prazer em olhar no espelho, muito menos de me fotografar ou ser fotografada. Eu não gostava mais de mim; e o amor parecia não existir mais. Eu só queria ficar sozinha no quarto, olhando para parede, as vezes deitada, e as vezes sentada com a mão no rosto pensando que tudo estava perdido; e as horas não passavam mais os dias eram longos e a noites pareciam maiores ainda porque eu tinha perdido o sono. Eu rolava de um lado para o outro e não tinha paz, eu não dormia.
Perdi a vontade de cuidar de mim, até de me alimentar, então comecei a perder peso. Não gostava mais de me arrumar, cuidar da pele, fazer unhas ou cuidar dos cabelos, fazer uma maquiagem ou simplesmente passar um batom nem isso eu gostava de fazer nesse momento. Meus cabelos foram ficando brancos e até chegaram a quebrar, mas eu já não me importava com a minha aparência. Não sabia mais o que era sorrir.
Em suma a vida simplesmente tinha perdido totalmente o sentido e nada mais e ninguém mais me importava inclusive Deus.
Mada
